Não sei - Cora Coralina

"Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas."



domingo, 21 de agosto de 2011

Pai Nosso



Estamos em agosto, geralmente o mês dedicado a homenagear a figura do pai. A figura da mãe sempre é muito mais festejadado do que o pai. Os comerciantes adoram o mês de maio, por que todos querem saldar a sua mãe e não deixam de comprar um presente, mesmo que seja simples e barato.

O pai, no entanto, não possui essa bola toda. Isto se explica, porque muita gente nem sabe quem é o seu pai. Muitos homens fogem ou fugiam desse papel porque não queriam filhos ou simplesmente não tinham certeza de serem eles os verdadeiros progenitores. O teste do DNA, veio responder a essa grande dúvida .

Mas, mesmo aqueles que assumiam sem titubiar a sua responsabilidade, absorviam o papel de provedor e não de educador.

Hoje em dia, sentimos que as coisas melhoraram muito e a proximidade do pai trouxe benefícios aos dois: pai e filho.

Apesar de sabermos que o sentimento que ainda rola é o da "ajuda", já representa um avanço. Porém não é, nem de longe, o ideal. Afinal, a mulher hoje tem que trabalhar para ajudar nas despesas da família e assim acumula funções: casa, filhos e trabalho. E garanto que isso nos stressa e nos exauri.

Às vezes pomos até o próprio casamento em jogo, porque cobramos mais participação do marido que não gosta nada, reclama muito e o clima pega fogo.

O que o homem não entendeu é que a sua presença ao lado dos filhos, reforça o lado masculino, que todos nós temos. A cabeça masculina é diferente da feminina. A dele é muito mais prática, mais racional. E para obter o equilíbrio, a criança tem que pesar as duas concepções de vida dos pais. Assim, eles encontram o seu caminho.

Acho que isto é física: duas forças opostas e do mesmo teor atuando sobre o mesmo objeto, terá como resposta o meio termo que será o equilíbrio.

Mas, se o filho só tiver o lado feminino, com certeza, ficará com a mente meio capenga. E virá assim o desequilíbrio.

Eu, por exemplo, perdi o meu pai com 6 anos. Esse pequeno espaço de tempo de convívio foi suficiente para sentir o que meu pai queria, como pensava e agia.

A minha mãe, muito mais emocional, explodia logo e dizia coisas que não tinham sentido, tomando atitudes radicais e as vezes até grosseira. Depois, quando refletia é que via as bobagens que tinha dito.

Meu pai, pelo contrário, ponderava, refletia junto conosco, e mostrava por A mais B que ele tinha razão. Mas, se mantinha firme em seus posicionamentos. Resulatdo: isso me ajudou muito quando fui mãe. Principalmente no quesito clareza e firmeza em seus posicionamentos.

Era delicado, alegre, feliz. Nunca o vi, nem quando doente, alterado, irritado. E assim, morreu, num estado de graça, harmonia consigo e com outro. E eu, apenas uma criança, guardei esta imagem como algo sublime e terno. Para que ensinamento melhor para deixar para uma filha tão pequena? Hoje, lembro daquele momento, refletindo que ele morreu em paz e com certeza naquela momento ele me deu a sua paz. Apesar de toda a dor e a falta que senti, aquele sentimento de paz me ajudou a suportar o peso da perda.

Todos nós possuímos um lado masculino e feminino e a ausência da presença paterna com certeza enfraquecerá esse lado.

É importante termos os dois lados da balança.

Pai é uma figura imprecindível para a felecidade da criança.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Vi São Paulo

Pela terceira vez visitei São Paulo e de novo para minha surpresa, não o encontrei; pelo menos não aquele, do noticiário das 8 horas.
O modo de caminhar a vida do São Paulo que vi é muito tranquilo, as pessoas passam com calma, conversando, comendo, parando para ver vitrines e admirando o ambiente.
Observei também, que São Paulo dorme. Certo que a gente escuta movimento de carro, de buzina de ambulãncia, bombeiro.Mas, o tráfego diminui bastante, com pouquíssimas pessoas na rua.
Percebi pelos passeios e portas de shopping, o nascimento de uma nova modalidade de exclusão, a dos fumantes. Com a lei que proibe que se fume dentro dos estabelecimentos comerciais e nas áreas internas e externas dos edifícios, residenciais e comerciais, os homens e mulheres têm que ir para a rua.
Aceitamos que nesse caso, é uma exclusão que só irá beneficiar o excluído. Mas, será essa a maneira correta? Ignorar os fumantes como se não existissem? temos a mania de resolver os problemas assim, apenas proibindo. Criando leis e pronto, num passe de mágica tudo será resolvido. E a pergunta que fica é: resolve?
Foi assim com a escravidão, determinou-se com a lei Áurea, que apartir daquele momento não haveria mais escravos e deixou-se os novos alforriados a Deus dará. Acabou o problema? Eu afirmo que não. Passados mais de 200 anos, ainda vivemos esse caos; com milhões de afro descendentes vítimas do preconceito e da falta de acesso a educação, saúde, etc. ou seja entregue a sua própria sorte.
Enfim, eu não concordo. Resolve-se um problema causando outro e fazendo de conta que não existem fumantes ou que esses não vivam em nosso planeta. Sejam verdadeiros ET's. Com a lei pensou-se nos não fumantes , que é muito correto. Mas, não podemos esquecer daqueles que comprovadamente são vítimas de uma doença, ou melhor uma dependência química. Essa situação um dia terá que ser revista.
Bem, mudando de assunto e continuando o nosso passeio por São Paulo, conto a vocês uma feira de antiguidades que vi na praça Benedito Calixto . Deliciosa. Imagine que lá você encontra de tudo: lustres, cadeiras, moedas, livros e revistas, brinquedos, dinheiro, louça, cristais, tudo enfim. É um programa interessante, alternativo, com direito a acarajé, doces de frutas e como não pode deixar de ser, o pastel paulista.
Há nesta cidade uma grande mistura de traços fisionômicos, de formas de olhos, tipos de cabelos, de tamanhos, de cor.

Encontrei mesmo, muita gente parecida com os nossos conterrâneos do nordeste, outros com fisionomia marcante do oriental, árabes, e poucos afro descendentes. O que realmente comprova ser essa, uma cidade cosmopolita.
Apesar do frio, e muita gente de botas e agasalhos elegantes, as pessoas não são bonitas. Não as que vi. Acho que a mistura não favoreceu muito não. Isto é algo até perigoso de se dizer, imagine que Ed Motta foi falar isso e o povo caiu em cima. Silvio de Abreu rebateu dizendo que o próprio artista (Ed Motta) era o representante desse povo feio. Mas, não é questão de acharmos feio ou bonito. São normais.
Porém, polêmicas à parte, é um povo bom e muito trabalhador.
Emocionei-me em plena rua, quando pensei que esse estado/país foi construído com a força de trabalho dessa gente que muitas vezes veio de tão longe, deixando suas mulheres e filhos para melhorar de vida e assim conseguiu erguer esse império.
Lembrei da música de Chico, só não tenho inveja desse povo mas muito orgulho.
E como creio, peço a Deus por minha gente.Oh! Senhor tomai conta dessa gente anônima que constrói este país. Que vontade de chorar...

domingo, 17 de julho de 2011

Viva a Amizade



A vida vai nos maltratando devagarinho...cada dia é uma coisa: doenças, trabalho, desemprego, perdas, faltas, dificuldades, desilusões,decepções. Acredito que isso é que nos envelhece e como não poderia deixar de ser, também nos amadurece.


Mas, inesperadamente ela também nos brinda com um presente maravilhoso.


Foi o que aconteceu comigo, há pouco tempo, por meio da rede social de meu filho: estampado em minha frente, as amigas da minha adolescência, queridas amigas. Confesso que fiquei muito emocionada.


Olha lá gente! Martha,Gilka,Rose,Silvana,Cássia, Vera e Nancy.


Fiz mesmo que os integrantes do Big Broder: gritei, pulei, chorei: olha lá! eu não acredito! minhas amigas e melhor ainda, me procurando...e graças a filhinha de Cássia, me achando...Obrigada Senhor!


Que me deram tantas alegrias, acompanharam os anos difíceis da minha vida, escutaram as minhas ansiedades e receios, espantaram os meus medos, perceberam os meus amores, leram as minhas ingênuas declarações.


Lembro, que tive o prazer de conhecer Elvis Presley e Chico Buarque, através da sensibilidade de Silvana. Antes só conhecia os cantores antigos por causa dos meus irmãos e os cantores da jovem guarda.


Foi uma descoberta fantástica, com a voz linda de Elvis e as composições tão profundas de Chico.


Cássia me alimentava com sua doçura. Eram deliciosos os nossos passeios pela avenida sete,na volta da escola aos sábados . Com direito ao sorvete na Primavera e compras na Sloper.


Em outros momentos, tínhamos que sair correndo com as pedras de capitão na mão por causa de um certo Almir (se não me falha a memória) que não podia vê-la jogando coisas de criança.


Gilka nos distraia com seu bom humor e a maneira prática de ser.Sofremos com sua partida coma família para os Estados Unidos. Graças a Deus retornou.


Rose ,a nossa caçulinha, engraçada, delicada, de bem com a vida. Com D.Zélia minha amiga tão querida, passeios em Dias D'avila com seu carro que eu adorava e achava lindo.


Martha e sua família, vizinhos de porta, que me proporcionaram tantos momentos felizes.


Assistimos de camarote na casa de D. Magnólia, na avenida sete, o carnaval de rua nascer, com os blocos do Jacú, Corujas, Internacional. Eram Blocos masculinos e em troca das fitas que se colocava na testa com o nome do bloco, eram beijos que dávamos. Na época ainda eram beijos no rosto.


Não havia esta disputa de quem mais beijava na boca. Encontrei um dia destes uma garota que deveria ter uns 12 anos, contando aos risos quantos havia beijado no carnaval.


Sem falar nos bailes do Bahiano, da Associação.


Com Mônica ia sempre ao Yate, e muitos a passeios quando passou um tempo na Pituba.


E até as amigas agora conhecidas: Vera e Nancy, com quem me identifiquei de imediato. E as adorei.


Foi realmente uma grande descoberta e os nossos encontros têm sido deliciosos. E, o que mais me impressiona é que parece que não nos vemos há tanto tempo. Conversamos com tanta intimidade, sem formalismos que até parece que nos encontramos ontem



Acredito que isso é o que representa ser amigo. Isso é amizade. Não importa o tempo, mas, o bem querer, a alegria de estar junto.


Obrigada meu Deus por mais essa dádiva.


E como bem diz Cássia em seu lindo cartão: VIVA a AMIZADE!!!


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Outra vez casamento



Casamento. Volto de novo a este assunto que me impressiona tanto. Gente! como pode uma pessoa conviver com outro, dentro de uma casa, noite e dia, toda hora; participando inclusive de momentos intimos de sua rotina? É dose!

Desde pequena meu sonho era formar uma família, ter os meus filhos e cuidar da minha casa. Passava horas pensando como seria a carinha de cada um deles. Como seriam os cabelos,as mãozinhas, como seria o dia que falasse : "_ mamãe."

No dia do meu casamento, tremia tanto que mal podia segurar o buquet, aquela era uma data há muito esperada.

Conseguimos arrumar o pequeno apartamento, que possuia uma cozinha tão pequenininha, que só cabia uma única pessoa e assim mesmo não era permitido muitos movimentos. O sofá, brincávamos, que era ortopédico, porque só permitia que sentássemos ereto.

No momento que abri a porta da minha casa, o meu marido não pode nem me carregar, porque ajoelhei e beijei o chão.Que coisa maravilhosa é viver para poder sentir o tempo de ter a minha casa.

Quando a minha primeira filha nasceu, eu ficava horas, sentada vendo-a dormir, encantada.Olhava tanto que ela acabava acordando.Era um amor que não queria nunca mais acabar.Depois com a chegada dos outros não tinha mais tempo para nada. O amor era o mesmo, mas, o trabalho não permitia.

Mas, viver casado é um desafio. Você tem que se inventar, dia a dia.

Lembro de uma senhora no consultório médico que revoltada falava:

_ Não sei porque fui acreditar naquela conversa mole de padre; casamento não é e nunca foi para a vida toda. Deveria sim como toda a sociedade, ter data de validade. No momento do casamento deveríamos era fazer um contrato estipulando o tempo máximo de 1o anos.

A sua filha escutava irritada e replicava: _ mamãe você não deveria falar assim e aqui.

Eu, curiosa perguntava: _ Mas, a senhora não acha que está estipulando um tempo muito grande não?

E ela afirmava; _ Acho minha filha que estou até sendo generosa demais.Uns 5, está de bom tamanho.

Depois completava para desespero da filha: _ E ainda por cima adoece, para a gente ainda ficar de babá e enfermeira.

Lá vai a filha de novo: _ mãe, você só faz porque quer.

_ Eu? só faço porque quero? E quem vai querer cuidar daquele traste?

Eu me atrevo a perguntar_ O que foi que ele teve?

_ AVC minha filha, AVC. Agora até comidinha na boca tenho que dar.

A filha resolve explicar: _ Ela soube agora, depois de tanto tempo, que ele, meu pai, tem uma outra família.Inclusive com um filho quase da minha idade.

_ A mãe rebate furiosa: _ Mas, nem se compara com você.

E eu lá curiosa: _ Mas, a senhora acha que a validade resolveria isto?

_ Bem, se não resolvesse, pelo menos não ficaria aquelas palavras do padre na minha cabeça, na doença e na saúde.

A conversa teve que interromper porque a médica me chamou.

Depois, já em casa fiquei matutando sobre aquela conversa e achei que a senhora tinha razão.Para vida toda é muito tempo! Quanto mais agora, que se vive mais tempo.

Lá em Jequié, havia um ditado: _" se comeu a carne, agora tem que roer o osso."

Esse negócio de traição é outra coisa que este tanto tempo, favorece. E em relação a ela (traição)

pensei na sabedoria da minha avó paterna.

Contam, que certa vez apareceu em sua casa, uma pessoa; sempre há este espírito de porco não é mesmo? que resolveu ir lá disfarçadamente para tratar de outro assunto, mas, na verdade, a visita era para lhe dizer das histórias do meu avô Chico. Ela não deixou nem o camarada abrir a boca e foi logo dizendo: _ "Olha, a vida de Chiquinho só me interessa, da porta para dentro, o que ele faz da porta para fora, só diz respeito a ele mesmo."

Adorei! Não é verdade? Deu uma dura naquela mal amado!!!

E além do mais, ela deu um duro danado junto ao marido para ter o que tinha e naquele tempo iria fazer o que? mulher não trabalhava e não possuia recurso. E se não é para tomar uma atitude, para que ficar remoendo mágoa; como a minha senhorinha lá de cima do consultório médico.

Ela, sabia muito bem na alcova, fazer valer a sua opinião. E cuidou de seu Chiquinho até o fim muito bem.

Eu, já estou há 36 anos casada com o meu Pedrinho, com esta família que amo e que espero cuidar por um bom tempo.Será que já passou da validade? vai lá saber...




domingo, 29 de maio de 2011

A vida é um paradoxo





Recebi um email, cuja pergunta gerou este título - "Vale a pena estudar?". O autor, justificava este questionamento, argumentando os altos salários de Ronaldinho Gaúcho e Tiririca, o palhaço que virou deputado.


Em reflexão, percebi se tratar a vida de um grande paradoxo: Curta demais para vivermos com tantos problemas e preocupações mas, ao mesmo tempo, longa para vivermos só e somente no seu superficial.


Ora, ninguém em sã consciência, pode afirmar não ser o dinheiro, algo extremamente importante.Vivemos em uma luta insana atrás dele 24 horas por dia, afinal as contas chegam, os compromissos financeiros que vamos acumulando através do tempo em que vivemos, são pesados e nada é grátis.


Certa vez li um comentário de Cláudia, uma modelo internacional que falava justamente nas vantagens financeiras que sua carreira lhe proporcionou. Ela, salientava que a que mais gostava, era poder ficar mais despreocupada, mais leve.E exemplificou, dizendo que se quisesse ligar para uma amiga do outro lado do mundo, o faria sem arrependimento ou preocupações com gastos.


Coisa que nós , simples mortais não podemos nos dar ao luxo de fazer.


Mas, gente! daí a afirmar que não vale a pena estudar, levando em conta só o fato financeiro, é pouco demais para a parte longa da vida.


O conhecimento nos torna interessantes, nos liberta e nos leva a lugares nunca antes visitado.


Saviane, um grande estudioso, diz que para alguem buscar os seus direitos e se tornar a altura dos poderosos, precisa saber, pelo menos, igual a este.


Com bilhões de anos a nos antaceder, quanto conhecimento foi gerado, quantas ferramentas dispomos para desvendar alguns mistérios da vida.


Ter o dinheiro.Ótimo.Ponto.


E agora? fazer o quê? passear, gastar, viver no luxo, dormir, comer do bom e do melhor, fazer plásticas para recuperar o que ganhou com tanto nada, vale a pena? A minha pergunta é essa.


Eu acredito no estudo, porque só assim crescemos.


Assim criamos, os nossos filhos, fazendo-os acreditar que necessitamos ter um olhar sobre o que construimos e o que fazemos com esta construção.


Claro que necessitamos ganhar o nosso dinheiro para termos uma vida confortável, mas, não descarto a apropriação do conhecimento, porque no nosso caso, é ele que cristaliza os nossos sonhos, até mesmo os financeiros.


Como é agradável conversar com a pessoa que lê, que estuda, que pesquisa, que procura saber mais. Sem falar no entendimento.


Quando estamos dialogando com estes, não há necessidade de muitas explicações. Daí o ditado popular : " Para o bom entendedor, poucas palavras bastam."


É muito pouco, só o dinheiro, para o lado longo da vida.


Paulo Freire, outro grande mestre, não se cansava de falar na importância da valorização do conhecimento acumulado no caminho da vida, que todos nós trazemos. Mas, em momento algum, ele o definiu como o bastante.


Quantas vezes, nos deparamos com fatos que julgávamos verdades absolutas, e temos que ceder lugar a outras versões? Isto só o conhecimento nos conduz.


Raul Seixas, bradava ser uma metarfose ambulante. O saber, está por trás das nossas grandes transformações. Se não, se pergunte, o que sou hoje, que não era antes? E o que me possibilitou esta mudança?


Mas, é necessário entender, que penso como Freire, a sabedoria cada um possui a sua.


Pessoalmente, julgo a minha avó Lili, como uma das pessoas mais sábias deste mundo, e não me consta que ela possuisse algum estudo formal.Mas, isto é assunto para outro momento.


Mesmo Lula que vive se gabando de não ter terminado os estudos, e de sua mãe ser analfabeta, teve que avançar nos estudos para ser chefe de Estado. Pode não ter sido matemática, física, biologia, mas, não me diga que ele não teve que aprender o mínimo de exportação, inflação, diplomacia, petróleo, comunicação, etc. para poder mandar. Não entremos no mérito, se havia necessidade de estudar mais coisas, não é o assunto da vez.


Mas, fica a pergunta?


Vale a pena só ganhar dinheiro?





sábado, 28 de maio de 2011

Onde está você agora?

O pequeno Joãozinho estava se divertindo bastante no parque infantil no Iguatemi. Não era para menos, havia espaço e brinquedos de todo tipo e maneira. Eu o seguia por todo lado.Por se tratar de meio de semana, só encontramos um criança de mais ou menos uns seis anos.

Prestei bastante atenção nela porque se parecia com uma bonequinha de louça, cheia de cachinhos castanhos.

A sua acompanhante, uma senhora negra, vestinda com simplincidade, dizia que nada entendia do que ela falava e a seguia com delicadeza.

Ficamos sabendo que a bonequinha era italiana, por isso a falta de comunicação.

O que me chocou, no entanto, foi o meu julgamento.

Pensava na senhora, como sua babá. E refletia que aquela família tinha sorte, em ter achado uma senhora tão simpática para cuidadora, netes tempos difíceis de encontrar alguem para ajudar nas tarefas diárias, especialmente com crianças.

Com a chegada do seu pai, a verdade: Aquela senhora não era a babá mas, a avó da criança.

E aí, veio a dor, a raiva e a grande decepção comigo mesmo.

PRECONCEITO.

Que palavra triste! Que sentimento cruel!

Porque Senhor, fui pensar assim?

Se aquela senhora fosse branca, com certeza não seria este o meu raciocínio..

Aonde meu Deus, este sentimento mora dentro de mim? se o meu coração o deplora.E o meu cérebro o repudia com todas as forças do meu ser.

Conto para ver, se deste modo, ele (sentimento) envergonhado e não desejado, vá embora.